domingo, 24 de abril de 2011

Capítulo III

   Depois de Deus expulsar Adão e Eva do Paraíso, o casalinho começou a desenvolver as suas actividades. Começaram a viver em cavernas, inventaram o fogo e tiveram filhos: Caím e Abel.
   Deus quis ver como se comportavam Caím e Abel, portanto pediu-lhes para fazerem cada um um sacrifício. Caím arranjou frutos do chão, pois era fácil de arranjar, mas Abel deu um animal do seu rebanho. Deus adorou a oferta de Abel mas recusou a de Caím. Com o passar dos dias, o irmão de Abel começou a ficar cheio de ciumes do irmão, pois este era o menino bonito de Deus e tal-e-coiso. Portanto optou pela melhor solução: matar o mano.
   Numa tarde em que o sol brilhava, Caím levou o irmão para um passeio no parque. Lá foram os dois, contentes. Mas a alegria de Abel acabou no momento em que foi assassinado pelo irmão. Quando Deus viu aquilo, foi aos arames:
   - Já os teus pais me desobedeceram, pá! A tua família não faz nada de jeito cá na terra.
   - E eu importado! - gozou Caím - Se não fosses Tu nada disto tinha acontecido.
   - Olha, vai à fava. A partir de agora, vais andar sempre assombrado.
   Mas Deus sabia que aquele era uma das suas invenções, portanto marcou-o na testa com um sinal vermelho, para nunca ser morto. Caím andou com a esposa durante anos para se refugiar, e tornou-se um nómada, tipo cigano.
   Com dois homens e uma mulher, Deus sabia que se começassem a acasalar uns com os outros tal como os dinossauros, a humanidade ia acabar num instante. Portanto decidiu criar novos povos, atribuindo dois dons a cada um deles. Aos suecos deu os dons da estudiosidade e da beleza; aos franceses deu a cultura e a sua chique forma de ser; aos japoneses tornou-os disciplinados e trabalhadores. Chegando aos portugueses, o Senhor disse, para o anjo anotar:
   - Aos meus cridos portugueses, os dons vão ser: inteligência, boa personalidade e benfiquísmo.
   O anjo reparou que tinham sido 3 os dons dados, e reclamou a Deus. Este notou, e disse:
   - Bem, sendo assim, todos os portugueses podem ter os três dons, mas apenas dois em simultâneo.
   Assim: um português do Benfica e boa pessoa, não é inteligente
              um português do Benfica e inteligente, não é boa pessoa
              um português inteligente e boa pessoa, não é do Benfica

1 comentário:

Nuno Gonçalo disse...

Porque é que o Benfica tem de vir sempre ao barulho

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