domingo, 8 de maio de 2011

Capítulo IV

   Os primeiros povos começaram a desenvolver novas técnicas de caça. Inventaram pedras, lanças e o fogo. Naquele tempo, era a maior tecnologia que havia. Os super mercados e os PedraShopping Centre ficavam repletos de neadertales que queriam os últimos gritos das Pedras Que Matam ou das Milagrosas Lanças da Comida. Vendiam-se lareiras para meter o fogo e lenha para o fazer.
   Mas a maior invenção foi a roda. Fabricada na China, com a nova marca "Made in China", a roda podia deslocar pessoas e objectos, sem gasolina, apenas rolando. O mundo dos homens das cavernas mudou e a roda foi o impulsionador de outras circulares invenções: vinil, carro, CD, DVD, etc...
   Mas pela pequena população que Deus criara à sua imagem, a coisa só acontecia pela vontade do Senhor. Abraão era agora o homem em que Deus confiava. Disse-lhe isto e aquilo, e Abraão lá o tinha que cumprir. Certo dia, Deus disse a Abraão:
   - Olha lá, para ter a certeza que gostas mesmo de mim e que me és fiel, vais fazer um sacrifício.
   - Ok - disse Abraão - Queres uma ovelha, um cordeiro, um plasma ou um iPod?
   - Não. Quero que tu mates o teu filho como oferenda para mim
   - Se é isso que queres.
   Abraão chegou-se perto do filho Isaac e disse-lhe.
   - Vamos brincar para o cimo da montanha e vais aprender a jogar futebol.
   - Yeah!
   Ao chegar ao topo da montanha, Abraão apanhou o filho desprevenido e atou-o a uma rocha. Sacou da faca e apontou-a ao filho. Mas de repente ouviu-se uma voz:
   - Não Abraão, não mates o teu filho. Eu aceito o teu rebanho.
   Abraão largou Isaac que desatou a correr por aí a baixo.
   - Não tenhas medo filho - disse Abraão - Eu estava a mostrar a Deus o quanto o amava, mas ela percebeu a tempo deixou-te ir em liberdade!
   - Deixou, deixou... - respondeu Isaac - Se eu não fosse ventríluco queria ver esse teu sacrifício, queria.
   A notícia do sacrifício espalhou-se pelo mundo, e os povos pensaram que com um Deus desses nunca chegariam longe. Portanto começaram a inventar deuses. Mas estavam todos demasiado ocupados com a roda. Só os gregos quiseram fazer um deus, e criaram Zeus. Deram-lhe barbas, músculos, poderes e tudo o mais. Mas como foi tão engraçado criarem um deus, decidiram criar mais, muitos mais. E assim criaram deuses para a água, para a beleza, para a Primavera, para a mobília, para a música, para os carros. Foram denominados políteistas, pois acreditavam em muitos deuses. Mas isso é só uma palavra cara para "têm a mania que são bons a fazer deuses em vez de fazerem rodas".

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