Quando a televisão ainda não existia, a rádio era a principal forma de comunicação em Portugal, e aos 25 anos, Artur Agostinho entrou para a Emissora Nacional, depois de ser locutor amador.
Foi um dos principais impulsionadores do jornalismo desportivo em Portugal, tendo ficado conhecido em 1966 por dizer os golos que Eusébio marcava ao serviço da Selecção, e pelos relatos da Volta a Portugal em bicicleta. Dirigiu também o jornal Record entre 1963 e 1974.
Nos primeiros anos da televisão portuguesa, Artur Agostinho tornou-se uma das principais figuras dos ecrãs da RTP, entrando já neste século em séries como "Ana e os Sete" ou "A Casa da Saudade". Apresentou também o primeiro concurso de Portugal; "Quem Sabe, Sabe". Entrou também no cinema, onde demonstrou novamente o seu amor pelo futebol ao entrar no filme "O Leão da Estrela".
Depois do 25 de Abril, Artur Agostinho é deportado para o Brasil, pois era suspeito de compactuar com o Antigo Regime. Foi aí que deu aulas e onde entrou para a Rádio Globo, de onde tirou ideias para o jornalismo desportivo.
Em 1980, e de volta a Portugal, trabalhou na Rádio Renascença, onde mais tarde criou Bola Branca, o programa desportivo da RR.
Artur Agostinho revelou-se também escritor, fazendo romances como "Abutres" e "Ninguém Morre Duas Vezes".
Foi premiado com o prémio de mérito e excelência na XV gala dos Globos de Ouro da SIC, e três dias depois de completar 90 anos foi condecorado por Cavaco Silva como membro da Ordem Militar de Sant'iago da Espada.
O funeral já se realizou hoje em Lisboa, onde nasceu e morreu.
Foi uma das figuras mais ilustres de Portugal e já recebeu muitas homenagens de antigos colegas de trabalho.
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